HOMENAGEM AO FUNDADOR DO RESTAURANTE AUGUSTO

HOMENAGEM A AO FUNDADOR AUGUSTO FALECIDO NO DIA 05/12/2015
Falece  nosso querido Augusto Martins, português de nascimento, mas brasileiro de coração, deixando um legado de excelente serviço no ramo de restaurantes e tornou-se famoso pelo seu GALETO a vinagrete.
Empresário Augusto Martins morre em Santa Maria Jean Pimentel/Agencia RBS
Foto: Jean Pimentel / Agencia RBS


Morreu, à 1h20min deste sábado, Augusto Martins, fundador do tradicional Restaurante Augusto, de Santa Maria. O empresário de 87 anos estava internado desde o dia 27, no Hospital de Caridade. Ainda não há informações sobre seu funeral.

Nascido na cidade portuguesa de Lázaro, ele foi criado pela mãe, Maria da Glória. Seu pai, Manoel Antônio Martins, veio para o Brasil quando ele tinha oito meses de vida. Aos 19 anos, Augusto veio para o país para ficar ao lado do pai no restaurante Vera Cruz — que, na época, ficava na Avenida Rio Branco.

Galeto do seu Augusto é servido há meio século em Santa Maria

Em 1956, Augusto começou a formar a sua própria família: casou-se com Carmen Lúcia Teixeira com quem teve dois filhos, Augusto e Fernanda.
Com a ajuda do sogro, Celso Teixeira, em 1968, ele comprou um pequeno terreno onde havia um galpão abandonado, no endereço onde hoje funciona seu restaurante. Com muito trabalho e dedicação, Augusto prosperou e, aos poucos, foi comprando áreas ao redor de seu empreendimento para ampliá-lo.
Fonte: Diário de Santa Maria ( preservado os direitos autorais e fonte.


( O texto abaixo foi tirado na íntegra pelo site do Restaurante Augusto)


Três décadas de dedicação à gastronomia santa-mariense


Trabalho, dedicação, capricho. Essas três palavras resumem, segundo Augusto Martins, o segredo do sucesso de um restaurante. Aos 72 anos, o fundador do restaurante Augusto, o mais conceituado e tradicional de Santa Maria, fala com a sabedoria de quem por quatro décadas e meia esteve ligado a este ramo do comércio.





O português que 
aos 21 anos de idade chegou ao Brasil, para trabalhar no restaurante do pai imigrante, nada sabia sobre a nova atividade que iria desenvolver, pois em sua terra natal dedicava-se à agricultura. No entanto, quando, no dia 30 de maio de 1968, inaugurou seu próprio restaurante já possuía uma experiência de mais de 20 anos nesta área. "Eu trabalhava no Vera Cruz, era sócio com meu pai e minha madrasta. Em 1967, resolvi sair de lá", explica ele.


Decidido a montar seu próprio negócio, Augusto Martins visitou diversos lugares, inclusive em outras cidades, à procura de um ponto comercial. A dificuldade de encontrar um lugar ideal fez com que ele aceitasse o conselho do sogro e ficasse com um terreno na rua Floriano Peixoto, localizado nos fundos de um edifício.


Em virtude de o terreno não ficar junto à rua, inicialmente seu Augusto teve dúvidas em relação ao sucesso do empreendimento. Apesar disso começou em 1967 a construção do prédio que até os dias atuais abriga o restaurante. Batizá-lo com seu nome não foi idéia dele, mas outra sugestão aceita e da qual o mesmo não se arrepende. "Todo começo é difícil, no meu caso só não foi pior porque eu já era conhecido na cidade devido ao Vera Cruz, pois atendia ao público. Em função disso, de já ser conhecido, é que surgiu o nome para meu restaurante, o que acabou ajudando bastante quando comecei", comenta.


Não demorou muito para que o restaurante ganhasse projeção na cidade e até mesmo fora dela. Grande parte desse desenvolvimento e crescimento dos primeiros anos esteve relacionado, fundamentalmente, com a Universidade Federal de Santa Maria e com o contingente militar sediado no município, ambos responsáveis na época por boa parte da clientela. Personalidades brasileiras e estrangeiras que vinham à cidade a serviço da Universidade eram levadas para fazerem suas refeições no Augusto, assim como militares que passavam por aqui. Dessa forma, o restaurante começou a ficar conhecido em todo o Brasil e em diversos países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra e França. "Pelo Augusto passou muita gente. Desde Luis Carlos Prestes e sua mulher, Lula, Ulisses Guimarães, enfim, uma série de pessoas. Foram senadores, ministros, uma infinidade de políticos brasileiros e estrangeiros. Todos trazidos por conhecidos que tinham o restaurante como referência na cidade", observa o fundador.


Com o passar do tempo o sucesso do Restaurante Augusto foi se consolidando. A qualidade da comida, o bom atendimento, o preço razoável e o ambiente acolhedor conquistaram, definitivamente, a fidelidade da clientela. Augusto Martins, que por 20 anos comandou sozinho o negócio, passou aos poucos a direção da empresa para o filho e o genro. A mudança na direção não afetou, entretanto, a posição privilegiada que o restaurante ocupa e que vem mantendo e solidificando em três décadas de dedicação à gastronomia santa-mariense.


Mudança na direção iniciou nova fase


Em setembro de 1988, uma mudança na direção fez com que o Restaurante Augusto entrasse em uma nova fase administrativa. Nesta data ocorreu a transferência legal da empresa que deixou de ser uma firma individual, pertencente a Augusto Martins, e passou ao comando e gerenciamento de seu filho e genro, tornando-se a Martins e Fank Ltda.


A mudança não ocorreu de repente, houve toda uma preparação até chegar-se a ela. Em 1985, após se formar, Augustinho Martins começou a trabalhar com o pai, inicialmente como funcionário do restaurante. Seu objetivo era conhecer de perto o negócio e tentar adaptar-se a ele. Depois de, aproximadamente, três anos, Augustinho convidou o marido de sua irmã Fernanda, Marco Fank, para também participar do negócio. Apesar de na época morar fora de Santa Maria e exercer outra atividade, ele aceitou o convite e igualmente começou a trabalhar no restaurante preparando-se para, posteriormente, assumir a direção conjunta da empresa.


"Formalmente assumimos a administração em 1988, embora o pai continuasse atuando no Augusto por mais alguns anos, mas sem aquela responsabilidade de abrir, fechar o restaurante, ou se envolver com banco e compras. Essas tarefas passam a ser executadas por nós e ele fazia basicamente o contato com os clientes. Até que por fim, como ele sempre teve vontade de morar em uma chácara, por ter sido criado neste tipo de ambiente mais rural, acabou saindo definitivamente e a partir de então a gente vem mantendo o negócio", informa Augustinho.



Após assumirem, Marco e Augustinho implementaram algumas ações como a remodelação da parte administrativa e operacional do restaurante, obtendo-se, assim, dentre outras coisas, um melhor controle de estoque e um completo cadastro de fornecedores. Também procurou-se profissionalizar um pouco mais o setor de pessoal. Outras modificações foram as modificações no visual do restaurante: a decoração ganhou detalhes em madeira, o local dos banheiros foi alterado, a cozinha sofreu uma ampliação e seu maquinário foi renovado. "Essas alterações sempre foram feitas com muito cuidado para não mudar o básico, não descaracterizar o Augusto. Ele é um restaurante muito antigo na cidade e, portanto, não é aconselhável fazer uma mudança radical, pois ela pode chocar as pessoas e levar à perda da identidade que o cliente tem com o ambiente", comenta Augustinho Martins.
Foi também durante esse período que o restaurante recebeu boa parte dos troféus e honrarias que possui, todos conferidos em função da sua qualidade. Por cinco anos consecutivos o Augusto foi agraciado com o troféu Quatro Rodas, prêmio entregue aos melhores hotéis e restaurante do país. Atualmente, ele ainda integra o Guia Quatro Rodas como a melhor cozinha da cidade, em termos de restaurante. Em 1992, o Augusto foi a empresa contemplada com o Mérito Industrial e o Destaque Industrial, concedido pela câmara de Comércio e Indústria de Santa Maria (Cacism).
Várias outras homenagens, muitas delas ligadas à Universidade, foram concedidas ao longo dos últimos 30 anos como um reconhecimento da comunidade santa-mariense à importância do Restaurante Augusto para o município.

Fonte: http://restauranteaugusto.com.br/ data : 05/12/2015

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